Se há uma década tivessem dito a Maite Perroni que protagonizaria cinco novelas, gravaria um disco solista e se converteria em um ídolo juvenil, não teria acreditado, pois segundo suas próprias palavras, muitos pensavam que ela era apagada e que jamais se destacaria.

“Houve distintas críticas ao longo destes anos. Obviamente vai tomando decisões e aprendendo, lembro que quando comecei, muita gente dizia ‘não, Maite nunca poderá ser protagonista, é super apagada, não tem personalidade, quando acabar o grupo (RBD) vai ir para sua casa e não vai acontecer mais nada’. Com certeza, isso me fez me sentir mal, mas também senti que era um compromisso demonstrar o contrário”, destaca Perroniem entrevista com El Universal.

A atriz ficou conhecida com o projeto RBD (telenovela e grupo pop). Depois da separação da banda em 2009, Maite optou, ao contrário de seus companheiros, por estudar para demonstrar que não estrela de três minutos.

“Sempre disse: claro que poderei ter algum dia um disco de solista, claro que um dia protagonizarei uma telenovela. Para isso, o que fiz foi me preparar, não sabia se ia conseguir ou não, mas no momento toda minha energia e trabalho estavam focados em me preparar e pouco a pouco ir cumprindo minhas metas”, detalhou.

Sua preparação trouxe frutos à jovem de 31 anos, já que depois do sucesso internacional que foiRBD, foi ela e não Anahí, nem Dulce María, Christian Chávez, Christopher Uckermann ouAlfonso Herrera quem conseguiu maior presença entre o público mexicano e latino americano.

Agora protagoniza seu quinto melodrama, “La Gata“, mas isso não fez que as críticas desaparecessem e ela mesma sabe disso.

“Obviamente que recebo críticas positivas e negativas, isso está bem porque no mundo temos gostos diferentes e formas de ver as coisas, não posso agradar a todos. Terá quem se emocione com o que faço e outros que não. É preciso tomá-lo com objetividade e se dar conta de quais comentários são propositivos, ainda que sejam críticas”, adicionou.

Essa maneira de ver sua carreira profissional é o que, assegura Maite, faz que se arrisque por explorar diferentes facetas, com as quais não pensou voltar, como a música.

Ser solista requereu um trabalho árduo que este ano deu seus frutos quando “Eclipse de Luna“, seu primeiro material solista saiu à venda.

“O disco foi importante pra mim em muitos sentidos porque, de início, representa dar um passo a mais, me arriscar a fazer algo diferente, me atrever a incursionar na música depois de muitos anos e interpretar um gênero totalmente diferente do que tinha feito. Explorar a bachata e trabalhar neste projeto foi um desafio, mas ao mesmo tempo uma satisfação muito grande”, disse.

Até o momento, Maite é a ex-RBD mais bem sucedida: protagoniza uma telenovela, promove seu disco, é modelo de diversas marcas e até tem tempo para ser imagem de campanhas altruístas. Contudo, ela esclarece que não tem um segredo para o sucessos, pois a única coisa que fez todos esses anos é ser constante, trabalhar muito e ser grata.

Apesar disso, não sabe se sua maré de “boa sorte” será eterna ou acabará amanhã. Mas não é algo que a preocupe, pois afirma que trata de viver dia a dia, sem pensar onde levará esta carreira, que de momento vai subindo e na qual dará um passo a mais neste fim de semana, ao lançar de maneira oficial a edição de luxo do seu álbum. É um disco que terá dois temas inéditos: “Todo lo que soy” e “Vas a querer volver“.

“Não sei se este será meu último disco ou só o primeiro. Vou vivendo dia a dia e minha intenção neste momento é compartilhar este álbum e fazer o que mais me apaixona, que é atuar. Já veremos o que a vida me prepara para o futuro e, conforme for, tomarei decisões e traçarei meu caminho”, encerrou.

Créditos: Vanguardia.com.mx & RBDRebelde.com